Nascido: 29 de Março de 1938 Ordenado padre a 9 de Julho de 1961 e bispo a 23 de Março de 1985 |
D. Manuel Monteiro de Castro foi ordenado padre na
arquidiocese de Braga mas logo foi estudar para Roma e nunca mais voltou para
Portugal, prosseguindo todo o seu ministério eclesiástico fora do país.
Ingressou no serviço diplomático da Santa Sé em 1967 e
serviu nessa capacidade em vários países do mundo, incluindo as Antilhas,
Honduras, El Salvador, África do Sul e países circundantes.
Em 2000 foi nomeado núncio apostólico para Espanha, um cargo
muito importante para a Igreja, que desempenhou até 2009, altura em que foi
chamado para servir de secretário na Congregação para os Bispos, em Roma.
Finalmente, em 2012 foi nomeado penitênciário-mor da Santa
Sé. No mesmo ano foi escolhido por Bento XVI para fazer parte da lista de novos
cardeais, criados em Fevereiro desse ano, tornando-se o terceiro cardeal
português vivo. Uma vez que D. José Saraiva Martins já ultrapassou os 80 anos,
apenas D. Manuel e o Patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, têm direito a voto
no conclave convocado após a resignação de Bento XVI.
Praticamente desconhecido dos portugueses, D. Manuel
Monteiro de Castro atraíu alguma polémica com uma entrevista concedida ao
“Correio da Manhã”, na altura em que se deu o consistório em que foi elevado a
Cardeal. Na entrevista D. Manuel afirmou que faltavam políticas de incentivo à
família e à natalidade, dizendo que, por exemplo “A mulher deve poder ficar em
casa, ou, se trabalhar fora, num horário reduzido, de maneira que possa
aplicar-se naquilo em que a sua função é essencial, que é a educação dos
filhos.”
Contudo, o jornal deturpou as suas palavras e colocou em
manchete o título: “Mulher deve ficar em casa”. A mesma entrevista foi depois
citada pelo jornal “Público”, num artigo com o título “Novo cardeal português
defende que função ‘essencial’ da mulher é educar os filhos”. Meses mais tarde,
em resposta a uma queixa de um leitor, a Entidade Reguladora da Comunicação
Social condenou ambos os jornais por má prática jornalística. Mas o mal estava
feito e para a posteridade, para muitos, ficou a ideia criada inicialmente
pelos jornais e circulado pelas redes sociais.
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