Nascido: 18 de Novembro de 1943 Ordenado padre a 2 de Novembro de 1967 e bispo a 11 de Outubro de 1997 |
Nesse aspecto, curiosamente, Leonardo Sandri surge como um
candidato conciliador, uma vez que é argentino de ascendência italiana. A sua
idade, 70 anos quase feitos, pode também ser uma vantagem, uma vez que não será
considerado nem demasiado velho nem demasiado novo para chefiar a Igreja.
Actualmente o cardeal é prefeito da Congregação para as
Igrejas Orientais, o que lhe confere um contacto muito próximo com uma
realidade da Igreja Católica que poucos dos seus pares podem gabar, a dos
cristãos pertencentes às mais de 20 igrejas orientais em comunhão com a Igreja
Católica, muitos dos quais estão em situações críticas, como por exemplo todos
os que vivem no Médio Oriente.
Sandri fez toda a sua carreira no serviço diplomático da
Santa Sé, faltando-lhe por isso experiência pastoral, algo que os cardeais
poderão estar a procurar no próximo Papa, depois de oito anos com um académico
ao leme da Igreja. Por outro lado, conhece muitíssimo bem o Vaticano e o
funcionamento da Curia, tendo chegado mesmo a desempenhar o cargo de Substituto
para os Assuntos Gerais na Secretaria de Estado do Vaticano, o que na prática
corresponde ao terceiro posto mais importante da Santa Sé, depois do Papa e do
próprio Secretário de Estado.
Para além de vários outros postos na Curia, tem também um
cargo na Congregação para os Bispos, o que lhe dá alguma influência na nomeação
de bispos para as dioceses católicas de quase todo o mundo.
Deu bastante nas vistas durante o fim do pontificado de João
Paulo II. Lia os textos do Papa quando este já não era capaz e foi ele quem
anunciou ao mundo a morte do Papa polaco.
Em
entrevista à Reuters, já em tempo de congregações gerais, Sandri defendeu
um papel mais alargado para as mulheres no Vaticano e no Governo da Igreja, sem
contudo mencionar a possibilidade de ordenação de mulheres.
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