Um dos temas das últimas semanas é o facto de os ucranianos, e mais especificamente os bispos católicos ucranianos, terem-se manifestado desgastados com as palavras e os gestos de Francisco sobre a guerra na Ucrânia. Este é um assunto sensível. Neste texto explico que os ucranianos têm algumas razões de queixa, mas que, bem vistas as coisas, as acusações de que Francisco é de alguma forma russófilo no que diz respeito a esta guerra são profundamente injustas, e não resistem a um escrutínio cuidadoso.
A semana passada dei-vos a feliz
notícia da libertação, na Nigéria, de um padre e um seminarista que tinham sido
raptados. Hoje, infelizmente, trago-vos a triste notícia da morte de mais um
seminarista naquele país (na foto). Na’aman Danlami morreu carbonizado quando a casa paroquial em que estava foi atacada
e incendiada. Dois padres que estavam na mesma casa conseguiram escapar com
vida. Rezem pela Nigéria, para que o pesadelo termine.
E rezem também pelo Sudão do Sul. O apelo é da missionária portuguesa Beta
Almendra.
De Roma chega a notícia de
mais uma nomeação de um português para um cargo importante. O jesuíta Nuno Gonçalves,
que chegou a ser sugerido como possível Patriarca de Lisboa, é a partir de
agora director da revista Civiltà Cattolica. Recordo que a Civiltà Cattolica não é “apenas”
uma revista dos jesuítas italianos. Cada edição é revista pessoalmente pelo
Papa antes de ser publicada e é onde aparecem sempre publicadas as conversas do
Papa com os jesuítas quando viaja. É, por isso, um órgão muito importante para se
ir tomando o pulso ao pontificado.
O Papa está solidário com as vítimas dos desastres naturais que ocorreram em
Marrocos e na Líbia.
O Bispo de Coimbra anunciou um sínodo para os jovens e o bispo de Angra diz
que é preciso lutar contra a religião de sofá e de pijama. Quem não anunciou nada foi o bispo de Setúbal, isto
porque Setúbal está sem bispo desde 28 de janeiro de 2022. São 595 dias de
efectiva orfandade naquela diocese. É grave. Entretanto ouvi uns “zunzuns” de
que a situação poderá ficar resolvida até ao fim do mês. Rezemos que sim!
Não deixem de ler o artigo
desta semana do The Catholic Thing em que o padre Charles Fink, no seu primeiro texto neste site, fala de preconceito, racismo e tolerância
cristã, recorrendo às memórias do seu avô e à sua própria experiência como
militar na guerra do Vietname.
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