A guerra na Terra Santa tem
despertado muitas emoções em todo o mundo, e temos assistido a uma explosão de
manifestações de antissemitismo. Neste caso em particular nem sempre é fácil de
avaliar. Há quem considere uma crítica a Israel como um acto antissemítico, e
quem diga que não, distinguindo o sionismo do judaísmo. É um tema complexo. Mas
é por vezes o carácter antissemítico é inegável e é ingénuo pensar que ele se
deve unicamente às decisões e aos actos praticados pelo Estado israelita
actualmente. Este tema é explorado no artigo desta semana do The Catholic Thing, onde David Warren conclui que o
antissemitismo é, lá no fundo, uma revolta contra Deus e um eco do pecado
original.
Enquanto estamos todos focados
em Gaza, contudo, o conflito na Terra Santa continua a decorrer noutras frentes
e com outras armas. Hoje convido-vos a olhar para Jerusalém, onde há décadas decorre
uma campanha levada a cabo por activistas judeus para comprar o máximo de
propriedades e terreno possível, para tentar garantir uma maioria judaica na
Cidade Santa. O mais recente incidente envolve um negócio obscuro que
representa um quarto do sector arménio e meteu manifestações, colonos armados,
cães e fantasmas de Nagorno Karabakh. Curioso? É caso para isso.
E para fechar este tema da Terra
Santa, digo-vos que estarei no domingo no Atheneu Artístico Vilafranquense, em
Vila Franca de Xira, para falar sobre o conflito em curso a participantes da
Jornada da Pastoral Juvenil. É Às 10h. A mesma pastoral, inspirada pelo que se
passou na JMJ, está a recomendar o uso de famílias de acolhimento para estudantes deslocados que estão a ter dificuldades em
encontrar alojamento acessível nas grandes cidades.
Estamos em plena #RedWeek, durante a qual recordamos os cristãos perseguidos em
todo o mundo. A fundação Ajuda à Igreja que Sofre organizou uma série de
eventos, incluindo com o bispo do Porto e o bispo de Setúbal.
E termino com uma história curiosa. O bairro de Ciudade Chávez, na Venezuela, foi criado há uma década com o objectivo de ser um paraíso socialista, e por isso sem Deus, nem igreja. Agora, contudo, foi inaugurada a primeira paróquia. Há aqui uma lição, obviamente. Podemos revoltar-nos contra Deus, mas com paciência e tempo, Ele vence sempre. Felizmente.
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