A semana passada a Comissão Independente entregou as listas de suspeitos de abusos aos líderes dos institutos religiosos. Com estes dados já temos as duas listas fechadas, mas continuamos com algumas falhas de informação. Passei os últimos dias ao telefone a tentar suprir algumas dessas falhas e tive algum sucesso, embora não total. Por exemplo, consegui determinar a que dioceses pertenciam os padres que estavam listados em dioceses erradas, o que conduziu a umas conclusões inesperadas… Está tudo aqui, vejam por vocês.
Recordo que podem sempre consultar esta análise mais detalhada das listas e aqui verem em detalhe todos os casos que são públicos em Portugal, pré e pós relatório e listas, elencados por diocese ou ordem religiosa.
Há dias entraram em vigor as novas regras do Vaticano sobre situações de abusos. Fui entrevistado pelo Observador sobre este assunto, podem ouvir aqui.
Entretanto membros da Comissão Independente e dos bispos estiveram numa comissão parlamentar para falar dos abusos. A Comissão Independente repetiu a ideia de abrir excepções ao segredo de confissão e os bispos explicaram que isso simplesmente não vai acontecer.
Claro que este assunto não se limita a Portugal. Nos Estados Unidos saiu recentemente outro relatório, desta vez sobre a diocese de Baltimore e que teve umas conclusões muito interessantes. Leiam.
Estamos a dois dias da coroação de Carlos III, de Inglaterra. Em antecipação, entrevistei um clérigo da Igreja da Escócia, que foi capelão da Família Real no tempo de Isabel II, e que elogia a profundidade da fé de Carlos, e a sua dedicação à liberdade religiosa. Podem ler essa entrevista aqui, em inglês, mas entre amanhã e sábado aparecerá uma versão mais curta em português, na Renascença, que partilharei na próxima semana.
A AIS Portugal tem duas histórias tocantes, uma sobre a reconciliação entre tutsis e hutus no Ruanda, e outra sobre um novo sequestro de padres na Nigéria. Leiam e rezem por ambos os projectos, e não se esqueçam de apoiar a obra desta organização.
Termino com a recomendação de que comprem e leiam o mais recente livro de Aura Miguel, a vaticanista que recentemente acompanhou o Papa à Hungria, onde Francisco voltou a dizer que está dedicado a encontrar uma solução para a guerra na Ucrânia.
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