"Se os mártires de todo o mundo fossem colocados num prato da balança, e os mártires do Egipto no outro, a balança pendia para o lado do Egipto" São Tertuliano, Séc. III |
Foi com enorme tristeza que soubemos ontem da morte de
pelo menos 21 cristãos coptas à mão dos terroristas do Estado Islâmico.
Estes cristãos estavam desaparecidos há várias semanas e
já se sabia serem reféns do grupo islamita. O seu rapto seguiu-se ao assassinato,
também na Líbia, de
outros sete cristãos coptas.
O Papa
condenou, hoje falou com o Patriarca dos Coptas e já disse que vai celebrar
missa amanhã por estes novos mártires. Leiam também esta
declaração do bispo copta no Reino Unido, para verem o que é uma resposta
verdadeiramente cristã perante uma tragédia desta dimensão.
Portugal
também já condenou este atentado. É um gesto bonito, que fica bem ao MNE,
mas teria sido assim tão complicado referir que os homens que foram mortos eram
cristãos? Eles não foram assassinados por serem “cidadãos egípcios”, embora o
fossem, claro. Foram assassinados por serem cristãos. Os próprios assassinos
disseram-no.
Para quem não está a par, aqui
está um curto artigo que explica, muito rapidamente, quem são os coptas.
Foi escrito há uns anos, mas no essencial mantém-se actual.
O Egipto já respondeu. Utilizou
as suas forças armadas para atacar o Estado Islâmico na Líbia. Não deixa de
ser irónico que sejam as mesmas forças armadas que há poucos anos massacraram
pelo menos 23 cristãos… Mas pode ser que esta tragédia sirva para unir o povo
egípcio, que bem precisa.
Claro que tudo isto se seguiu a mais um ataque ao estilo “Charlie
Hebdo”, na Dinamarca, no sábado. Um homem foi morto quando participava num
debate sobre a liberdade de imprensa e mais tarde um judeu foi assassinado pelo
mesmo terrorista à porta de uma sinagoga.
Como se não bastasse tudo
isto, hoje
foi vandalizado um cemitério judeu em França.
São notícias tristes que ensombram aquela que teria sido
a principal novidade do fim-de-semana, da elevação
de D. Manuel Clemente ao cardinalato.
O agora Cardeal Patriarca (e não Cardeal-Patriarca) não
perdeu tempo a enviar
uma mensagem para os católicos do seu patriarcado, e elogiou
o Papa Francisco. A Aura Miguel esteve em Roma a cobrir o evento e fez
várias reportagens, mas destaco esta, com um novo Cardeal que não tem Cartão de
Cidadão, mas
tem coração português.
Termino este mail, que já vai longo, com um aviso. Recomeça
esta quarta-feira o projecto “40 Dias
Pela Vida”, que pretende reunir pessoas para rezar, durante 40 dias seguidos,
pelas vítimas do aborto: bebés, mães, pais, famílias… Todos são convidados a
participar, independentemente de credo ou confissão, mas pede-se que se
inscrevam através do site, para
que a organização saiba com quem contar.
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