Não se sabe ao certo se o objectivo da banda punk feminista russa, que dá pelo nome de Pussy Riot, era de protestar contra alguma coisa ou de chocar, mas neste momento pelo menos três membros da banda estão detidas.
O “concerto” que a banda diz ter sido uma “oração punk” teve lugar no dia 21 de Fevereiro. Membros da banda entraram na Catedral de Cristo Salvador, em Moscovo, aproximaram-se da iconóstase, que separa a nave principal das igrejas ortodoxas do altar, a que só os padres podem ter acesso, e irromperam numa música que deixou os presentes estupefactos.
As cantoras de Pussy Riot costumam actuar vestidas com saias ou vestidos curtos e collants, e sempre com a cara tapada por “balaclavas” coloridas. As suas músicas costumam ser de intervenção social ou de protesto e a identidade das artistas é escondida.
Contudo, as autoridades terão conseguido descobrir pelo menos três das intervenientes que se encontram agora detidas, acusadas de vandalismo. O caso está a mexer com a opinião pública russa com movimentos humanitários a considerá-las “prisioneiras de consciência” e várias organizações religiosas a pedir uma punição exemplar.
A Igreja Ortodoxa Russa, em cuja catedral o “concerto” teve lugar, já admitiu perdoar as jovens, mas diz que para isso é necessário que mostrem arrependimento, o que não parece estar próximo de acontecer.
Também a principal organização muçulmana da Rússia sugeriu que as detidas sejam castigadas mas sugere que as condenações sejam de trabalho comunitário. “Se as mãos estiverem ocupadas a fazer algum trabalho físico, como por exemplo apanhar lixo do chão nas ruas de Moscovo, a cabeça poderá ocupar-se de coisas úteis, talvez isso tire estas parvoíces das suas mentes”, disse Muhammedgali Huzin, dirigente desta organização.
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