O Papa visita a Hungria a
partir de amanhã. Vai ser uma visita interessante. A Hungri
a e o seu governo
têm feito um trabalho notável em áreas como a promoção da natalidade e da
família, bem como no respeito pela liberdade religiosa e apoio às minorias
cristãs perseguidas no mundo, mas ao mesmo tempo defendem abertamente uma
política em relação aos refugiados que choca com as minhas próprias posições e também
com as do Papa Francisco. Aqui podem ler uma entrevista com o embaixador da Hungria em Portugal
precisamente sobre este tema.
Todas as semanas tento ter
pelo menos um texto próprio, de análise, para vos apresentar. Nos últimos meses
tem sido quase sempre sobre os abusos, e tem havido muito para dizer, mas há alturas
em que falha a inspiração. Felizmente, hoje tive uma ajuda do PAN, que ao
contrário do que todos pensávamos, afinal até defende a extinção de algumas
populações de animais, nomeadamente os seres humanos que têm a ousadia de ter mais
do que três filhos e que pratiquem a monogamia. Fica aqui a minha resposta – e a da minha família – a esta posição do PAN.
E a propósito de famílias e
monogamia, o artigo desta semana do The Catholic Thing é uma daquelas pérolas
que gostaria muito de poder dizer que fui eu a escrever. Mas não fui. Peter
Laffin conta-nos como se sentiu envolto por uma sensação de verdadeira
liberdade no dia do seu casamento e reflecte, a partir daí, sobre como os
cristãos e o mundo têm diferentes entendimentos daquilo que significa
liberdade, entre outras coisas. Vale mesmo a pena ler e partilhar, sobretudo com jovens que estejam numa idade
de tomar decisões que vão definir o seu futuro.
Morreu esta quinta-feira o Pe.
João Aguiar. O Pe. João era presidente do Conselho de Gerência da Renascença
quando eu fui para lá trabalhar e embora não nos tenhamos mantido em contacto
desde que ele voltou para Terras do Bouro, de onde era natural, era um amigo por
quem eu tinha muita estima. Deixa saudades entre todos os que o conheceram e
esperemos que esteja a descansar agora nos braços de Deus.
Quando abri o obituário da
Renascença fiquei surpreendido ao ver que tinham pedido a um jornalista novo
para o escrever. Porquê, se ainda há lá tantos que o conheceram? Devia ter
guardado a minha reacção para depois de ler este belo texto do Diogo Camilo. Logo eu, que sempre adorei escrever obituários,
e escrevi tantos sobre pessoas de quem nada sabia antes de me ser lançado o
desafio.
No campo das notícias internacionais, aconselho este testemunho de um padre do Burkina Faso, que explica como os católicos – acossados de todos os lados – usam as suas Kalashnikov para se defenderem (não é o que parece, obviamente). A simpática história da Irmã Selestina, que percorre centenas de quilómetros sozinha, de carro, para combater a solidão e o isolamento dos poucos católicos que vivem na Islândia, e ainda o testemunho dos dois sucessores de bispos ortodoxos que foram raptados há dez anos na Síria e de quem nada se sabe. Quer vivamos, quer morramos, somos do Senhor, dizem. E que bem dito!
"defendem abertamente uma política em relação aos refugiados que choca com as minhas próprias posições e também com as do Papa Francisco" mas afinal quais são as suas posições e as do Papa Francisco? portas abertas? apoio à imigração ilegal? há distinção entre refugiados vs imigrantes? há limites?
ReplyDeleteLi a entrevista da Aura Miguel. É inaceitavel que não seja abordado as mais que fantasticas politicas de familia e politicas anti LGBT. O polticamente correcto mata, devagar mas mata.
ReplyDeletee por acaso o Papa Francisco não está reiteradamente a repetir que a ideologia genero é uma monstruosidade e isso não faz nem pestanejar os "jornalistas" quando o papa visita paises onde se promove e ensina às crianças nas escolas??????????????????????????????????? isso não choca os jornalistas?
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