Há sempre quem prefira fechar os olhos |
Aqui
podem ser as minhas primeiras reflexões sobre o relatório e as suas
conclusões. Tentei, na medida do possível, relevar questões e pontos que não
tinha visto sublinhados noutros locais.
Nestas alturas há sempre duas atitudes a tomar. A de
abertura às críticas, procurando absorvê-las para crescer com elas e tornar a
Igreja mais pura, mais santa, e a atitude contrária, de entrincheiramento, de
rejeição, de suspeição sobre tudo o que é mais crítico. Esta segunda atitude já
se começou a manifestar, alimentada por quem pensa que a Comissão e o relatório
mais não são do que um instrumento de ataque à Igreja. É pena. Nessa linha
muitas pessoas têm-se escudado num artigo espanhol que lança muitas dúvidas
sobre o rigor do relatório e da sua metodologia. Achei que seria pertinente escrever
um texto a analisar esse tal artigo espanhol e a mostrar porque é que
discordo do cepticismo do autor.
Isto não significa que o relatório não tenha falhas e
fraquezas. Nas reflexões sublinho algumas, mas que não são directamente culpa
dos autores, mas neste
texto mostro como alguns dos dados do relatório, nomeadamente as tabelas
que pretendem mostrar o número de abusadores e a sua classificação, estão mal feitos,
incompletos e incluem erros básicos.
Também escrevi sobre o relatório para o jornal online The
Pillar.
O episódio desta semana do Hospital de Campanha é naturalmente sobre este tema. O Octávio Carmo ajudou-me a dissecar o relatório e a sublinhar os seus principais pontos. Ouçam, que vale muito a pena!
Entretanto, partilho convosco a iniciativa de um grupo de católicos que está a
promover a realização
de vigílias de oração em várias cidades do país na noite de Quarta-feira de
Cinzas. Já há local para Lisboa, Oeiras e Santarém. Se mais alguém quiser organizar
na sua vila ou cidade, avisem-me que eu meto a informação no post.
Especialmente numa altura destas, é preciso também ir
procurar fontes de inspiração. O artigo desta semana do The Catholic Thing fala
de como aquilo que nos define não são as nossas preferências ou fantasias, mas
sim o amor infinito de um Deus que corre loucamente atrás de nós cada vez que
nos desviamos do caminho. Leiam,
é um bálsamo.
"Nestas alturas há sempre duas atitudes a tomar. A de abertura às críticas, procurando absorvê-las para crescer com elas e tornar a Igreja mais pura, mais santa, e a atitude contrária, de entrincheiramento, de rejeição, de suspeição sobre tudo o que é mais crítico"; é mentira, não há apenas estas duas até pq estas são erradas. A correcta é esta: https://twitter.com/joaogoncalvesfy/status/1625866950910902272?s=48&t=FKtL_iqdPZP6O63G2xIXQg
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