Monday 7 September 2015

Bispos em Roma, refugiados em todo o lado

Adeptos alemães mostram-nos o caminho
Regressei hoje de férias e logo numa altura de enormes e importantes novidades em termos de notícias religiosas.

Comecemos pela visita ad limina dos bispos portugueses a Roma. Hoje ouviram palavras elogiosas, mas outras duras do Papa Francisco, que pergunta se a “nossa proposta de Jesus não convence os jovens”, que estão a abandonar a Igreja.

D. Manuel Clemente falou aos jornalistas em nome dos bispos e aproveitou para dizer que estes tinham falado directamente com o Papa sobre a questão dos refugiados, pondo-se ao dispor para receber e ajudar as famílias católicas a receber os que puderem.

E esta questão dos refugiados está na ordem do dia. Ao longo dos últimos dias tenho ficado profundamente chocado e triste ao ver pessoas a criticar o acolhimento de refugiados e, o que é para mim escandaloso, a fazê-lo em nome do Cristianismo. A minha opinião tentei deixá-la clara neste artigo, mas bastaria talvez ter ido buscar esta passagem da Bíblia:

“Pois o Senhor vosso Deus é o Deus dos deuses, e o Senhor dos senhores, o Deus grande, poderoso e terrível, que não faz acepção de pessoas, nem aceita recompensas; que faz justiça ao órfão e à viúva, e ama o estrangeiro, dando-lhe pão e roupa. Por isso amareis o estrangeiro, pois fostes estrangeiros na terra do Egipto.” Deuteronómio 10, 17-19

A minha entidade patronal, felizmente, deixou a sua posição bem clara também nesta nota de abertura que vale a pena ler.

Entretanto, ao longo destas semanas de férias publiquei três artigos do The Catholic Thing, que vos convido a ler se tiverem tempo.

Em Nossa Senhora da Realidade, Anthony Esolen procura uma nova invocação da Virgem para os nossos tempos, em que fingimos que o coração que bate não é vida e em que nos convencemos que podemos inventar e reinventar a nossa identidade ao sabor dos nossos caprichos.

O Padre Mark Pilon pergunta como é que a história vai julgar uma Igreja que permitiu que a confusão se semeasse entre os seus fiéis, com atitudes contraditórias e confusas em relação sobretudo a políticos que se dizem católicos e defendem o aborto.

E por fim, o Francis J. Beckwith sobre os “Dogmas materialistas” e os erros de lógica de quem parte do princípio que o sobrenatural não pode existir.

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