O “nosso” grupo no Facebook arrancou bem e já conta com cerca de 70 pessoas. Divulguem entre os possíveis interessados, é uma boa forma de partilharmos opiniões e sugestões.
O Vaticano aprovou hoje, de forma definitiva, os estatutos e a liturgia do movimento Caminho Neocatecumenal. O movimento tem os seus admiradores e detractores, uma das questões polémicas é precisamente a liturgia. Aqui podem ver um vídeo que mostra um pouco do espírito dos “Kikos” como são conhecidos, por causa do seu fundador Kiko Arguello.
Hoje entrevistei o Arcebispo de Liverpool, recém-chegado da Terra Santa. Patrick Kelly (na foto a jogar bilhar em Nablus) comenta a situação da Igreja local e, interessantemente, compara-a à Irlanda. Aqui podem encontrar a transcrição completa desta curta entrevista, no inglês original.
Hoje esteve em discussão a Maternidade de Substituição, ou “barrigas de aluguer”. O Padre Vítor Feytor Pinto dá aqui a sua opinião sobre o assunto.
E por fim, durante este fim-de-semana a Igreja debate a situação dos migrantes. Tudo bem com os que vêm para cá, menos bem com os nossos que estão fora…
Noto alguma confusão nas publicações e comentários que li sobre o assunto. O que o neocatecumenato conseguiu da Santa Sé foi a aprovação de celebrações – chamadas “não-estritamente litúrgicas” pelo Papa – que fazem parte de um itinerário catequético, os “passos”. Embora não as conheça, penso que tais celebrações sejam uma espécie de RICA (Rito de Iniciação Cristã de Adultos) dos grupos neocatecumenais. Corrijam-me se me equivoco.
ReplyDeleteOutra coisa são as práticas propriamente litúrgicas ou desenvolvidas no interior da Santa Missa em oposição às leis litúrgicas universais. Entre os exemplos se poderiam citar: a celebração da Missa fora da igreja, mesmo havendo uma; o abandono do altar por uma simples mesa ao redor da qual todos se sentam; a substituição da homilia por “ressonâncias”; o modo de distribuição da Sagrada Comunhão aos fiéis sentados e a consumação concomitante da Hóstia Sagrada, seguida da consumação do Sangue Precioso diretamente do cálice. Há também toda uma “estética” litúrgica neocatecumenal que não tem paralelo na tradição da Igreja. Se há um paralelo, ele se encontra nas liturgias protestantes.
É provável que os neocatecumenais mantenham tais práticas, desafiando – como vêm fazendo há décadas – as claras proibições e advertências contidas nos documentos magisteriais recentes. Alguns dirão que não somente no Caminho, mas nas paróquias ao redor do mundo se fazem tais coisas e outras piores – o que ninguém pode desmentir. Outra coisa, entretanto, seria uma aprovação pontifícia de práticas que contrariam o espírito e a lei da Liturgia católica.
Nem tudo está perdido, entretanto, para o Caminho Neocatecumenal. Tiveram renovada a autorização para as Missas com pequenos grupos, no sábado à tarde, segundo os estágios catequéticos em que se encontram. Estas missas, multiplicadas pelo número de grupos e em separado, costumam ser motivo de grande oposição da parte de bispos e párocos alheios ao Caminho.
Demonstrando abertura e paciência pastoral, o Santo Padre lhes deu o placet, não sem lhes dar uma breve catequese sobre liturgia e vida paroquial.