Monday 24 October 2022

O Homem do Sudário e o que aprendemos com a crise dos abusos

A semana passada prometi novidades sobre a minha viagem a Salamanca, em Espanha. Pois venho cumprir! Estive numa fascinante exposição sobre o Santo Sudário, que apresenta como novidade um modelo hiper-realista do corpo que nele foi sepultado. É uma peça muito impressionante e a boa notícia é que os organizadores esperam trazê-la a Lisboa para as jornadas.

Aqui têm a minha reportagem principal, publicada no jornal online The Pillar (em inglês); aqui outra notícia mais curta, no The Tablet (também em inglês) e aqui a reportagem da RTP, que esteve também na viagem.

Surgiu esta quinta-feira uma notícia que, a ser verdade, é preocupante. A embaixada da Rússia diz que um padre russo em Portugal está a ser alvo de ameaças. Digo preocupante porque esse tipo de comportamento é sempre condenável, ainda que o padre defendesse coisas erradas. Mas neste caso é duplamente preocupante porque o padre em questão é um dos signatários de uma belíssima carta aberta de padres ortodoxos russos contra a guerra, que podem ler aqui.

Temos tido tempos difíceis na Igreja por causa dos abusos. Hoje publiquei no blog um artigo em que resumo três coisas que penso que aprendemos sobre esta questão em Portugal. 1º, que a comissão independente fazia mesmo falta; 2º, que se quebrou o mito de que em Portugal os abusos que existiam eram apenas casos isolados e circunstanciais e, 3º, que para bem de todos os bispos parecem estar a aprender com os erros no que diz respeito à comunicação.

Sobre este assunto volto a chamar a vossa atenção para os últimos três episódios do Hospital de Campanha, e também para este texto sobre os casos de alegados encobrimentos de que foi acusado D. José Ornelas.

O artigo desta semana do The Catholic Thing é para todos os que estão envolvidos de alguma forma na vida académica. Randall Smith explica que “não estamos na universidade para nos servirmos a nós mesmos ou aos nossos egos, mas aos nossos alunos. Nem devemos servir uma ideologia. Servimos a verdade, porque quando servimos a verdade é a Deus, que é a Verdade, que servimos (...) Todos os que procuram sinceramente a verdade têm um lugar na universidade católica”.

Esta semana foi anunciado o preço para participação plena nas jornadas. Claro que surgiram imediatamente notícias a dizer que esse era o preço a pagar para ver o Papa. O meu pai sempre disse que o número de parvos é infinito… Claro que o preço diz respeito a alojamento, alimentação e todos os materiais logísticos. O acesso aos eventos é gratuito, como sempre foi.



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