Rabino Eliezer Shai |
Rabino Eliezer Shai
Qual é a importância
da festa de Shavuot no calendário judaico?
Shavuot faz parte de um ciclo único com a Páscoa. O facto de
se chamar Pentecostes, que é uma palavra grega, é por ser o quinquagésimo dia.
Da Páscoa contamos 49 dias e o 50º é Shavuot.
Na Páscoa os judeus ganharam liberdade física, o princípio
de uma nação, é imprescindível que essa nação seja livre. No Pentecostes
recebem a própria constituição, que é a Torá, com a revelação no Monte Sinai.
Biblicamente vemos que Shavuot tem várias denominações: Shavuot, que significa
festa das semanas, porque se contam sete semanas desde a Páscoa; Festa das
Colheitas, porque é nessa altura que se começa a fazer as colheitas dos frutos,
e também o Dia das Primícias. Outro significado é o dia da entrega dos dez
mandamentos no Monte Sinai.
Que tradições estão
associadas ao Shavuot?
Na altura do Templo fazia-se a oferta das primícias e de
dois pães feitos com a primeira farinha produzida depois da Páscoa.
Hoje em dia o que fazemos são as orações, dois dias para os
judeus na diáspora, um dia em Israel. Lê-se publicamente a passagem do Êxodo,
da entrega dos dez mandamentos, os três dias à volta do Monte Sinai, e a grande
epifania, da revelação colectiva dos dez mandamentos e da Torá.
Além disso lemos também o Livro de Rute, porque Rute
converteu-se ao judaísmo, passou a ser parte do nosso povo, aceitou a Torá.
Assim como o povo de Israel aceitou a Torá nesse dia, Rute recorda-nos esse
processo.
Poderia ser um dia de
aproximação e aprofundamento entre cristãos e judeus?
Eu gostaria muito que assim fosse. Não tendo nenhuma coisa
negativa associada a este dia, podia ser bem um dia de aproximação e
conhecimento entre as duas fés. Não sei, nem sou expert, até que ponto, entre o
povo, o dia de Pentecostes é considerado um dia importante.
Mas podia-se fazer previamente uma actividade de Estudo em
conjunto para conhecer esse dia tão importante para as duas religiões.
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