A decisão de declarar Hildegard von Bingen doutora da Igreja
é assinalável por duas grandes razões.
Em primeiro lugar porque, contrariando a tradição, Hildegard
von Bingen nunca foi canonizada. É possível que ainda o seja até à proclamação
oficial, mas não deixa de ser um factor interessante. A 10 de Maio de 2012 o Papa
estendeu o culto a esta beata a toda a Igreja, num processo conhecido como
canonização equivalente, e num sinal antecipado desta decisão.
Segundo, com esta decisão Hildegard von Bingen torna-se
apenas a quarta doutora da Igreja que existe, em contraste com 31 homens (já a
contar com S. João de Ávila). Mesmo assim, quatro não é nada mau, se tivermos
em conta que até 1970 não havia nenhuma. As outras três são Santa Catarina de
Sena, Santa Teresa de Ávila e Santa Teresinha de Lisieux.
A declaração de um doutor da Igreja é um evento raro e de
grande importância, como se nota pela sua relativa escassez. A decisão
reconhece a importância da figura e o facto de toda a Igreja ter beneficiado
dos seus ensinamentos.
Hildegard von Bingen nasceu no século XII, foi monja
beneditina e é autora de vários textos e poemas. Era mística e vidente, para
além de ter sido destacada noutras áreas como a botânica e medicina.
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