Costuma-se dizer que os meses de Verão são “silly season”, em que há escassez de notícias “sérias”. No que diz respeito à Igreja, isso não tem correspondido à verdade.
Em Portugal tem reinado o tema
dos abusos sexuais. A acrescentar aos dois casos de que falei no último mail,
ressurgiu um caso que radica dos anos 90 e que colocou o Patriarca sob alguma
pressão, por não ter comunicado o caso às autoridades.
Estes três casos levantam
algumas questões, que abordei neste artigo, deixando também algumas pistas com o objectivo de
contribuir para o esclarecimento e melhor abordagem da questão em Portugal.
Hoje publiquei outro artigo no blog, em que analiso um pouco não o artigo que
deu origem à mais recente polémica, mas sim a campanha que tem sido feita em
torno do Patriarca que parece ter como objectivo pressioná-lo a demitir-se. A
meu ver é uma campanha injusta e em nada beneficiaria as vítimas ou a melhoria
da situação.
Entretanto tivemos hoje nova
polémica, com o Patriarcado a informar que um padre foi suspenso depois de ter sido acusado de violação de uma mulher,
maior de idade. A existência e o conteúdo do comunicado parecem indicar que o
Patriarcado está a aprender com erros do passado e a apostar numa maior
transparência.
E enquanto tudo isto se
passava em Portugal, o Papa Francisco esteve no Canadá numa visita que marca
uma nova etapa na relação da Igreja com abusos de toda a natureza que foram
cometidos contra pessoas vulneráveis. Uma viagem que constitui um “passo fundamental rumo à reconciliação”, diz um bispo canadiano.
Tendo estado num campo de
férias a semana toda, não pude acompanhar a viagem como gostaria, mas recomendo
este resumo
feito pela sempre brilhante Aura Miguel, na Renascença.
Deixo-vos com os dois artigos
do The Catholic Thing que foram publicados desde o meu último mail. O do Pe.
Jay Scott Newman é uma resposta a um artigo anterior, que também publiquei no
blog. Esse artigo argumentava que sendo bom, claro, o conhecimento das escrituras não é essencial para a vida de um cristão. Newman
contrapõe que “quem ignora as Escrituras ignora a Cristo”.
O artigo da semana passada é de David Bonagura, que argumenta que neste momento
da vida americana, em que o aborto deixou de ser um direito constitucional, é
fundamental o movimento pro-vida demonstrar que não defende que as mulheres –
que são sempre vítimas também – sejam julgadas e eventualmente encarceradas por
abortar. Vale bem a pena ler.
O Hospital de Campanha está de férias, e volta em Setembro, se Deus quiser, mas podem ouvir episódios antigos aqui.
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