Friday 15 September 2023

Português dirige "revista do Papa" e Setúbal continua sem bispo

Um dos temas das últimas semanas é o facto de os ucranianos, e mais especificamente os bispos católicos ucranianos, terem-se manifestado desgastados com as palavras e os gestos de Francisco sobre a guerra na Ucrânia. Este é um assunto sensível. Neste texto explico que os ucranianos têm algumas razões de queixa, mas que, bem vistas as coisas, as acusações de que Francisco é de alguma forma russófilo no que diz respeito a esta guerra são profundamente injustas, e não resistem a um escrutínio cuidadoso.

A semana passada dei-vos a feliz notícia da libertação, na Nigéria, de um padre e um seminarista que tinham sido raptados. Hoje, infelizmente, trago-vos a triste notícia da morte de mais um seminarista naquele país (na foto). Na’aman Danlami morreu carbonizado quando a casa paroquial em que estava foi atacada e incendiada. Dois padres que estavam na mesma casa conseguiram escapar com vida. Rezem pela Nigéria, para que o pesadelo termine.

E rezem também pelo Sudão do Sul. O apelo é da missionária portuguesa Beta Almendra.

De Roma chega a notícia de mais uma nomeação de um português para um cargo importante. O jesuíta Nuno Gonçalves, que chegou a ser sugerido como possível Patriarca de Lisboa, é a partir de agora director da revista Civiltà Cattolica. Recordo que a Civiltà Cattolica não é “apenas” uma revista dos jesuítas italianos. Cada edição é revista pessoalmente pelo Papa antes de ser publicada e é onde aparecem sempre publicadas as conversas do Papa com os jesuítas quando viaja. É, por isso, um órgão muito importante para se ir tomando o pulso ao pontificado.

O Papa está solidário com as vítimas dos desastres naturais que ocorreram em Marrocos e na Líbia.

O Bispo de Coimbra anunciou um sínodo para os jovens e o bispo de Angra diz que é preciso lutar contra a religião de sofá e de pijama. Quem não anunciou nada foi o bispo de Setúbal, isto porque Setúbal está sem bispo desde 28 de janeiro de 2022. São 595 dias de efectiva orfandade naquela diocese. É grave. Entretanto ouvi uns “zunzuns” de que a situação poderá ficar resolvida até ao fim do mês. Rezemos que sim!

Não deixem de ler o artigo desta semana do The Catholic Thing em que o padre Charles Fink, no seu primeiro texto neste site, fala de preconceito, racismo e tolerância cristã, recorrendo às memórias do seu avô e à sua própria experiência como militar na guerra do Vietname.

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