Francisco a dar-nos lições sobre dignidade |
Mas este argumento, por si só, é perigoso. As coisas não
são más só porque os nazis as defenderam e fizeram. Não é o facto de os nazis
terem usados comboios para transportar judeus para os campos de concentração
que torna o transporte ferroviário imoral para toda a eternidade. Haverá um sem
número de coisas perfeitamente normais e banais que os nazis fizeram e fizeram
bem, algumas das quais são boas, a maioria perfeitamente amorais. Obviamente, e
bem, nós lembramo-nos dos nazis pelo imenso e incomensurável mal que fizeram à
Europa e ao mundo, e não pelo facto de terem aumentado os níveis de
literacia infantil, ou qualquer coisa do género.
Os defensores da Eutanásia que têm dado a cara nestes
debates públicos não são, manifestamente, nazis. Nunca disse que eram nem o
direi. O problema é que a esmagadora maioria dos alemães também não eram nazis.
O grande drama da Europa foi o facto de incontáveis alemães aparentemente
bem-educados, bem-intencionados e talvez até afáveis, se deixaram enrolar e
alinharam nas terríveis ideias de Hitler e dos seus capatazes.
O recurso ao exemplo histórico dos nazis neste debate
sobre a eutanásia não é um mero recurso manhoso dos defensores da vida. Vem totalmente
a propósito porque os argumentos usados então e hoje para defender a
legalização desta prática, parecendo muito diferentes, têm a mesma, perigosa e
terrível raiz.
Os nazis inventaram um termo “Lebensunwertes Leben”, que
significa “Vida indigna de ser vivida”. Aplicaram-na aos deficientes, aos
“impuros”, aos doentes. Hoje os defensores da eutanásia diferem apenas (e por
enquanto) nos alvos da lei que propõem. O facto de insistirem (por enquanto)
que a lei que defendem apenas permitirá a eutanásia por livre vontade do doente
é um detalhe. O grande problema da lei nazi não era a falta de consentimento
dos eutanasiados, era precisamente o pressuposto de que eles não eram dignos de
viver. E isso – que há vidas que não são dignas de serem vividas – é o centro
do argumento moderno pela eutanásia. Não é uma coisa escondida, um detalhe, é
mesmo a pedra angular.
Porque a não ser que estejamos a dizer que a dignidade
não é uma coisa inerente à condição humana, mas que depende das nossas vontades
e da nossa autonomia – do estilo, hoje tenho dignidade, mas amanhã já não me
apetece, quinta-feira logo se verá –, então estamos a dizer que há homens e mulheres que são mais dignos que outros, em função das suas capacidades físicas ou mentais. Se esse é o caso, então o que nos impede de concluir que a vida do
deficiente mental, ou do tetraplégico, é “Lebensunwertes Leben”? Afinal de
contas o que estavam a fazer os nazis se não levar um passo mais longe a mesma
lógica que hoje os bem-pensantes do progressismo social apregoam?
A despenalização da eutanásia não é apenas nazi, está
intimamente associada ao núcleo intelectual e racional do nazismo: A
ideia de que uns têm uma vida digna de ser vivida, mas outros não.
Eu não direi que os defensores da eutanásia são nazis
porque para ser nazi é preciso mais do que apenas isso. Mas que a ideia que
defendem tresanda a nazismo digo sem medo de me acusarem de demagogia, porque a
raiz é a mesma e é por isso que o fruto também é o mesmo: A morte.
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Já estamos fartos de saber que os socialistas alemães foram maus, tinham maus princípios e pior ainda no campo da acção..., mas há socialismo bom? Não conheço! Não é por acaso que quem vem defender a eutanásia e malta, essencialmente socialista, que em tempos também defendeu a matança de Seres Humanos inocente e indefesos, os bébés na via vida pré-Natal. E quantos portuguese, boas pessoas, muita ditas católicas, os apoiam, como os alemães fizeram com o socialismo alemão?
ReplyDeleteSe se quer acabar com uma praga, há que eliminá-la, Assim, os portugueses só conseguirão viver melhor depois de eliminarem a esquerda na sua maioria do Parlamento e votarem em quem defende os Valores da Vida, da Dignidade Humana.
ReplyDelete"Tu, porém, quando deres uma esmola ou ajuda, não deixes tua mão esquerda saber o que faz a direita." Mateus 6:3
O problema do socialismo é este, é tudo um semblante de falsa virtude ateísta não é atoa que os ricos e famosos adoram o socialismo é uma ótima forma de se justificar sem fazer absolutamente nada.