Wednesday 20 December 2023

As minhas declarações sobre o Fiducia Supplicans

Ao longo dos últimos dias tenho sido chamado a pronunciar-me algumas vezes sobre a mais recente declaração do Dicastério para a Doutrina da Fé "Fiducia Supplicans".

Junto aqui links para os que estão disponíveis.

Aqui encontram o meu texto para o Expresso online. É apenas para assinantes. Vai sair outro texto na edição impressa desta semana.  

Aqui encontram as minhas declarações à Rádio Observador.

Aqui encontram a minha participação na SIC Notícias de quarta-feira de manhã.

Aqui podem ouvir a minha participação no podcast Expresso da Manhã. 

E por fim, aqui encontram o artigo que escrevi sobre esta questão em Outubro, quando foram publicadas as respostas às dubia, em que este assunto apareceu.

6 comments:

  1. Caro Filipe, sabia que as práticas homossexuais estão criminalizadas em quase todos os países de África, e noutras partes do mundo? Será mesmo que o Vaticano ignorava que iria ser rejeitado nestas partes do mundo? Enfrentamos um cisma na Alemanha e a melhor solução é um documento desses? Esse documento é absolutamente ruinoso para a Igreja, pretende uma coisa e ao mesmo tempo, aparenta outra, a de que se podem "abençoar" uniões homossexuais. O coro da imprensa ocidental apresentou mesmo o documento desta maneira, como a cedência da Igreja à homofilia. A Igreja não pode ser uma Igreja de meias verdades ou de meias tintas. O anterior documento, de 2021, que afirmava que não se pode abençoar o pecado, mantem-se. Esperemos que a rejeição massiva deste recente documento pelas conferências episcopais africanas seja suficiente para o Vaticano rescindir o documento. Julgo também que o Papa Francisco e o Cardeal Fernández, que já demonstrou sua total inadequação para o lugar que ocupa, dada a sua tradição de ortodoxia do Dicastério para a Doutrina da Fé, deviam começar seriamente a pensar em resignar. A Igreja enfrenta a maior crise da sua história contemporânea e está a precisar de um São Pio X para o séc. XXI que a governe com mão de ferro e discipline a Igreja homófila da Alemanha e afins.

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    1. Abençoar o pecado ou relações homossexuais?
      Engano, as benções são para os pecadores, não para o pecado, assim como as benções são para os homossexuais, não para as suas relações!

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    2. Caro senhor, li o documento e entendo aonde quero chegar. O que preocupa é que a Igreja diga uma coisa e a imprensa secular interprete de outra maneira. A culpa não é só da imprensa secular, neste caso, infelizmente. Veja só a reacção dos média seculares (copiei do Catholic World Report): "CNN: “Pope Francis authorizes blessings for same-sex couples.”
      BBC: “Pope says priests can bless same-sex couples”
      Drudge: “Pope says priests can bless same-sex unions”
      CBS: “Pope approves blessings for same-sex couples under certain conditions”
      ABC: “Pope approves priests blessing same-sex couples”
      NBC: “Pope says priests can bless same-sex couples, a radical change in Vatican Policy”. Uma tristeza, realmente este Pontificado.

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    3. Caro senhor, infelizmente, apesar do que o documento, que eu li, sustenta, a imprensa secular e os homófilos têm sustentado o contrário. Então em que ficamos?

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    4. Ninguém vai abençoar o pecado. Seja honesto.

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  2. Sobre o Papa São Pio X eu queria acrescentar, apesar da idolatria hipócrita que alguma extrema-direita religiosa lhe faz, que ele foi o mais anti-reaccionário do séc. XX. Por uma razão muito simples, a condenação que ele fez de todas as heresias modernistas, engloba também todas as ideologias de extrema-direita, incluindo o salazarismo, que assentam precisamente nelas. Não é verdade que a Igreja nunca deveria ter permitido a interferência do antigo regime na nomeação de bispos para o Ultramar (o regime tinha o direito de veto!), devia ter condenado a Mocidade Portuguesa, por organizações equivalentes terem sido condenadas pelo Papa Pio XI, na sua condenação do fascismo italiano, pela sua negação de direitos sociais essenciais, como o direito à greve e à livre associação sindical, defendidos para doutrina social da Igreja? Como vemos, a Igreja, tanto em Portugal, como no Vaticano, não foi fiel aos seus ensinamentos no tempo do fascismo (uso a expressâo em sentido lato) em Portugal. Se isso tivesse acontecido Portugal talvez ainda fosse mesmo um país católico, e não apenas católico de nome.

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