Wednesday, 22 August 2012

A Guerra de Obama Contra a Liberdade Religiosa

George J. Marlin
Durante a campanha presidencial de 2008, o senador Barack Obama deu aos eleitores a impressão de que rejeitava a posição da elite do Partido Democrata de que os princípios morais são uma imposição na vida política. Tal como tinha dito num discurso em 2004: “Os secularistas estão errados quando pedem aos crentes que deixem a sua religião à porta antes de entrar na praça pública… Dizer que os homens e mulheres não devem trazer a sua “moral pessoal” para o debate público é um absurdo. A nossa lei é, por definição, a codificação da moralidade, muita da qual fundada na tradição judaico-cristã”.

Quatro anos depois sabemos que não só Obama nos enganou, como está decidido a secularizar todos os aspectos da vida americana e a declarar guerra à liberdade religiosa.

Para ter ideia da gravidade do problema, leia “No Higher Power: Obama’s War on Religious Freedom”, de Phyllis Schlafly, fundadora e presidente da Eagle  Forum e George Neumayr, da American Spectator. Este livro explica como Obama abraçou entusiasticamente as tácticas de Saul Alinsky para promover a sua agenda ideológica e a sua carreira política. Uma das máximas de Alinsky que ele praticou foi: “reveste as tuas acções na linguagem da moralidade”.

“No Higher Power” comprova que Obama e os seus subordinado têm estado a impor uma agenda secularista e têm-se esforçado por “fazer do Governo o árbitro da moralidade e subordinar a liberdade religiosa à coerção governamental”. Embora o ataque mais badalado à liberdade religiosa tenha sido o decreto do Department of Health and Human Services de que as instituições católicas devem “financiar contraceptivos, esterilização e pílulas abortivas para os seus funcionários”, tem havido muitos outros assaltos que não têm merecido tanta publicidade.

Aqui ficam algumas selecções do “Índice de Hostilidade de Obama  à Religião”, elaborada por Schlafly e Neumayr:

·        Depois de ser empossado em Janeiro de 2009, Obama revogou uma ordem executiva da era Bush que proibia a transferência de fundos públicos americanos para ONG que praticassem abortos noutros países.

·        A Administração de Obama disse em Fevereiro de 2011 que iam ser eliminadas as objecções de consciência para médicos e enfermeiros pró-vida que trabalham em hospitais com financiamento público.

·        Obama acabou com a tradição de patrocinar um evento na Casa Branca no Dia Nacional da Oração.

·        Obama eliminou o programa de vales-escolares no Distrito de Columbia. A maioria destes vales era usada em escolas paroquiais católicas.

·        A Administração Obama acabou com o financiamento de cursos de educação sexual para a abstinência.

·        O Departamento de Segurança Interna (DOHS) publicou um relatório absurdo que argumenta que os pró-vida poderiam ser uma ameaça séria à Segurança Nacional. Os pró-vida são potenciais terroristas porque o DOHS considera-os extremistas anti-Governo dedicados a uma só causa.

·        O convite ao reverendo Franklin Graham para falar no Dia Nacional da Oração no Pentágono foi cancelada porque o movimento esquerdista Military Religious Freedom Foundation o catalogou, falsamente, como islamófobo. Graham, que explicou à CNN que a acusação era absurda e que, embora não concordasse com todos os ensinamentos, não desejava qualquer mal aos muçulmanos, foi insultado publicamente pelo porta-voz do Pentágono. Segundo o Coronel Tom Collins, as suas visões teológicas sobre o Islão não são apropriadas: “Somos umas Forças Armadas inclusivas. Honramos todas as fés… a mensagem que passamos aos nossos militares e funcionários civis é da necessidade de diversidade e apreciação de todas as fés”.

·        Quando citou a frase da Declaração de Independência: “Todos os homens são criados iguais…”, Obama omitiu as palavras “pelo seu criador”.

·        Em Fevereiro de 2011, Obama ordenou ao Departamento de Justiça que deixasse e defender em tribunal a “Defesa Federal do Casamento” [que define o casamento como sendo só entre um homem e uma mulher, e impede o reconhecimento federal dos “casamentos” entre pessoas do mesmo sexo].

·        O Departamento de Assuntos de Veteranos proibiu a invocação de Jesus Cristo nas cerimónias fúnebres no Cemitério Nacional de Houston. A proibição foi cancelada depois de protestos por parte de veteranos.

·        A Força Aérea cancelou um curso sobre a Teoria da Guerra Justa que tinha sido leccionado há vinte anos porque os conteúdos examinavam pensamento cristão e bíblico. Um porta-voz disse “As chefias olharam para o material do curso e disseram que não, que podemos fazer melhor que isto”.

·        O Centro Médico Walter Reid ordenou que “Itens religiosos (como por exemplo Bíblias e material de leitura) não podem ser oferecidos ou usados nas visitas”. O regulamento foi abandonado depois da reacção negativa por parte do público.

·        O Departamento de Defesa furou a Lei de Defesa Federal do Casamento em Setembro de 2011 ao permitir cerimónias de “casamento” homossexual em instalações militares.

·        A Academia da Força Aérea deixou de participar na Operação Presente de Natal, uma caridade que distribuía mais de oito milhões de pequenos presentes a crianças pobres em mais de 100 países. A razão invocada foi: “Uma mensagem cristã evangélica estava incluída nas caixas”.

·        O Departamento de Educação anunciou em Fevereiro de 2012 que “deixará de perdoar dívidas estudantis em troca de serviço público quando esse serviço for de teor religioso”.

·        Em Fevereiro de 2012 a Força Aérea retirou a palavra Deus do lema do Gabinete de Rapid Capabilities. Agora o lema é: “A fazer milagres com o dinheiro dos outros” em vez de “A fazer o trabalho de Deus com o dinheiro dos outros”.

·        As Forças Armadas avisaram os capelães católicos para não distribuir uma carta do Arcebispo Castrense, Timothy P. Broglio, porque criticava o decreto do Department of Human Health and Services sobre contracepção e aborto nas instituições católicas.

Estes são só alguns exemplos do ataque da Administração de Obama contra a liberdade religiosa. Para aprender mais, compre um exemplar de No Higher Power.


(Publicado pela primeira vez na Quarta-feira, 22 de Agosto de 2012 em http://www.thecatholicthing.org)

George J. Marlin é editor de “The Quotable Fulton Sheen” e autor de “The American Catholic Voter”. O seu mais recente livro chama-se “Narcissist Nation: Reflections of a Blue-State Conservative”.

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