Monday, 31 March 2014

Religious discrimination due to same sex marriage in the US

Fotógrafa multada em 7000 dólares por
recusar colaborar com "casamento" gay
In September of 2013 I attended a conference on threats to religious liberty in the US, due to legislation on Same Sex Marriage. This is a full transcript of the interview with the speaker, who asked not to be named. The news story, with video, is here.

Em Setembro de 2013 estive numa conferência sobre as ameaças à liberdade religiosa nos Estados Unidos, devido à legislação sobre casamento entre pessoas do mesmo sexo. Esta é uma transcrição completa da entrevista à oradora, que pediu para não ser identificada. A reportagem pode ser lida/vista aqui.

You are here to speak about gay marriage and the possible effects on religious liberty of the approval of gay marriage. You have asked me not to identify you and not to film you. Why is this?
There is a concern about losing my job. I work for a corporation. And although I am not aware of anything in particular in my company, I have seen cases of individuals who have lost their jobs in private companies simply for stating things as innocuous as “I support traditional marriage”, not even anything that is disrespectful to anybody suffering from same-sex attraction.

Have there been other cases of persecution because of their beliefs? Because their line of work has clashed with same-sex marriage or homosexuality?
Some of the more recent ones are in the area of marriage services. A couple who owns a bakery would not provide a wedding cake for a same-sex couple. They were fined, sued and ultimately she closed her bakery. We have a more recent case in New Mexico with the photographer who refused to provide photography services at a same sex ceremony. So those are more in the business sector, related to providing services. Those are some of the more prominent and recent ones. Then there are cases of people losing their jobs from saying things outside of work.

How about the school system? Should people be concerned with the education of their children if they don’t agree with this?
They have started teaching it. Massachusetts is the first state in the USA that approved the redefinition of marriage. In that state they are teaching that the homosexual life-style and gay marriage is natural and good, and that is being taught in the schools. Parents have not been able to object to that or even be notified. There is a concern that that kind of teaching and restriction on parents will also go into other states that approve same-sex marriage.

How far do you see this going? Could there be a backlash, or do you think that society is coming round to this idea?
Right now in the states, especially because of the youth, it looks like the wave will be that most states will ultimately accept same-sex marriage. But I think that if we get on top of that and educate people about what marriage really is, we might stem that.
California is a great example, it is one of the most liberal states, and for California to pass a constitutional amendment that defines marriage between one man and one woman, is I think is only by intervention of God.  The unfortunate part is that the court disagreed with the people of California, but the fact that there could be any kind of a public campaign and education on what marriage is, to bring California public opinion around to that, I would be optimistic we could do that elsewhere.

In California there was an enormous backlash against the Mormon Church, for having backed Proposition 8. Obviously the Catholic Church will always be against the concept of Gay Marriage, can we foresee a time when the church will be pushed out of the public square because of what it defends?
I think we are seeing more of that, and we are expecting to see more. And I think it is unfortunate that we are having commentators coming out and indicating that the Church should get out of this debate, because they are concerned about the backlash to the church. I hope the hierarchy doesn’t listen to that, I think we have to take this head on. Because of the religious liberty issue it is really critical to us.

4 comments:

  1. Filipe Avillez, é «feiínha», vergonhosa mesmo a forma enviesada como o Filipe em particular, e Renascença de um modo geral, têm tratado esta questão. É caso para dizer: «já cheira mal». É claro que toda a forma de perseguição que coarcte a liberdade de consciência é condenável, seja esta de lobbies da ideologia burguesa dos afectos, do politicamente correcto, da desvalorização da santidade da sexualidade, do progressismo edílico, da religião das forças produtivas, etc. (tão infiltrada no «cristianismo», diga-se de passagem), ou, ao contrário, de zelotas pseudo cristãos inspirados por personagens sinistras e draculianas como a do marquês Escrivá de Balaguer, enterrado numa cripta algures mas ainda avistável em certas noites nos Cárpatos. Também é verdade que há opiniões cuja propagação, pela sua intrínseca malignidade, merece justa punição. Direi que é muito curioso que a perseguição encarniçada, a violência insana, a intolerância maníaca, a que os homossexuais têm sido sujeitos, inclusivamente por parte de cristãos, não mereça uma única linha, mas que o inverso seja alvo de sistemáticas parangonas, como se fosse a única realidade. Sou católico. Não sou homossexual. Acho a falta de bondade e compaixão para com outros seres humanos, a crueldade mesmo, uma coisa muito feia.

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  2. Meu caro João Vieira,

    Muito obrigado pelo seu comentário.

    Começo por estranhar o facto dizer que acha "a falta de bondade e compaixão para com outros seres humanos, a crueldade mesmo, uma coisa muito feia" e no mesmo comentário apelidar um homem que é santo, que é uma fonte de inspiração para muita gente, de "sinistro, draculiano, enterrado numa cripta algures mas ainda avistável em certas noites nos Cárpatos". Não sendo membro, nem tendo qualquer ligação remota que seja, ao movimento por ele fundado, acho no mínimo incoerente da sua parte.

    Mas incoerências temos todos, não é verdade? Este é um tema que me parece crucial nos dias de hoje, a que me tenho dedicado bastante e ao qual certamente ainda me dedicarei enquanto puder. Contudo, nunca tive a menor intenção de transformar o assunto num ataque a pessoas concretas, mas sim a ideologias.

    Admito que em alguma altura possa ter escrito algo que represente falta de bondade e compaixão para com outros seres humanos, ou mesmo crueldade, como parece insinuar. Se o fiz, agradecia que me indicasse onde e quando, para me poder retratar.

    Mais, não é verdade que nunca tenha escrito uma linha sobre a perseguição aos homossexuais. Recentemente fiz uma notícia (não me consta que mais alguém em Portugal tenha pegado no tema, mas posso estar enganado), sobre a crítica que o Cardeal Turkson fez à lei contra os homossexuais no Uganda.

    Também no dia 14 de Fevereiro escrevi o seguinte na minha página pessoal do Facebook:

    "Se tenho assumido publicamente a minha oposição a certos "direitos" dos homossexuais, penso que também devo ser claro ao lamentar as leis aprovadas em alguns países africanos que criminalizam a própria da homossexualidade. Lamento que a hierarquia católica nalguns desses países se tenha colocado ao lado dos promotores dessas leis.
    Felizmente há outros que têm sido firmes em oposição a elas."

    Novamente agradeço o seu comentário. O pedido para me indicar textos meus em que tenha sido cruel para com pessoas é sincero, não é irónico. Não estou acima da crítica, agradeço qualquer reparo que me ajude a ser melhor homem, melhor jornalista e melhor cristão.

    Cumprimentos!

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  3. Ó, Filipe! Então este mesmo texto não é paradigmático do que lhe aponto? E todos os da mesma temática em cuja publicação, pelo visto, tanto se tem afadigado nos últimos dias? É assim tão difícil de perceber? Ó santa santimónia!!!

    Nunca lhe ocorreu que há homossexuais que, em tantos ambientes profissionais, não podem revelar a sua condição, ou até simplesmente defenderem respeito pela sua condição, porque perderiam inexoravelmente os seus empregos?! Tantos ambientes sociais em que o mesmo significa um linchamento social! Nem uma linha sobre isso. Nem uma linha. Uma mínima ressalva. Acha que o que caracteriza os homossexuais é passearem-se nus pelas vias públicas, exibindo-se lasciviosos em simulacros de actos sexuais? Que não há, jamais, heterossexuais que façam o mesmo? Nos textos que publica, os homossexuais são apenas isto. E isto é grotesco. E, no entanto, existem homossexuais que são exemplos de dignidade, de bondade e de decência, como este Papa bem reconhece.

    Não estou em condições para avaliar o que é a homossexualidade, e também não creio que o Filipe esteja. Mas uma coisa sei: que é possível que, para muitos homossexuais, tal seja uma condição, uma natureza, uma identidade. Quem somos nós para julgar cruel, grotesca e perversamente, mas com ademanes de benevolência, uma condição natural suportada com dignidade e decência? Acha que alguém assim, um jovem até, com o novelo de sofrimentos de que tantas vezes é feita a juventude, não pode sentir-se ofendido, humilhado, enxovalhado pelos seus textos? Ora, ponha lá a mãozinha na consciência!

    Não me recordo de, nos Evangelhos, constarem palavras de Cristo anatematizando os homossexuais. Fosse essa uma questão assim tão importante, e assim tão decisiva do que é a impiedade, e não lhe teria Cristo dedicado, pelo menos, algumas notas da sua pregação??? Ou, no mínimo, tanto tempo como o Filipe Avillez e os seus correligionários lhe dedicam? Cristo lança anátemas, sim, sobre os fariseus.

    Sendo a impiedade disseminada na sociedade um assunto tão profundo e tão sério, com manifestações tão mais graves na ideologia burguesa em que se apresenta travestido o pseudo-cristianismo, parece-me que identificá-la com a existência de homossexuais não é apenas paranóico, mas sumamente ímpio.

    Quanto ao «wanna be marquis» - e ridendo castigat mores – parece-se que o problema das suas aparições na Transilvânia se resolve com uma boa estaca de madeira. E, já agora, deixe-me chorar, à boa maneira beata, sinceras lágrimas de crocodilo pelo seu canonizado sofrimento. Há um verso do Fausto de Goethe que aqui se me afigura muito pertinente: «Se é milagre, o diabo pode explicar».

    Cumprimentos!

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  4. O João parece ter alguma dificuldade em compreender os meus textos e aquilo que me move.

    Nada me move contra os homossexuais enquanto pessoas que podem, como é evidente, ser excelentes e virtuosas. Move-me as movimentações a favor de novos "direitos" de homossexuais, como o suposto direito ao casamento e o suposto direito que pares de homossexuais tenham de adoptar.

    Estes "direitos" colidem directamente com a liberdade religiosa. Apresento vários casos que o comprovam e não existe um único que não esteja devidamente documentado.

    Todos os casos de que me fala, dos homossexuais que temem perder o emprego se revelarem a sua condição estão já previstos nas nossas leis. Existem casos? Devem existir, certamente. Há falta de pessoas e meios para os divulgar e publicitar? Duvido. Já sobre as pessoas que perdem emprego ou direitos por se oporem à agenda dos "novos direitos" não vejo mais ninguém a escrever nos media mainstream, aliás é essa sempre a grande surpresa das pessoas a quem conto estas coisas. "Como é que nunca ouvimos falar disto?".

    Portanto temos vários problemas no mundo. Este lida com liberdade religiosa e é nesse sentido que eu, enquanto jornalista especializado em religião, me ocupo do tema a nível profissional e enquanto católico preocupado com o assunto me ocupo dele a nível da minha vida pessoal.

    Há também homossexuais perseguidos? Sem dúvida. Há pessoas perseguidas pelas suas opiniões políticas? Há. Há discriminação no local de trabalho contra as mulheres? Evidente. Há trabalho infantil? Creio que sim.

    Mas eu não me posso ocupar de tudo e se escolhi este tema, que é muito grave, então não vejo a lógica em criticar-me porque não trabalho os outros todos também.

    Em lado nenhum eu reduzo os homossexuais apenas a uma coisa ou a outra. Mas são aqueles que estão a reivindicar "direitos" absurdos, bem como os que se exibem "lasciviosos em simulacros de actos sexuais", que apresentam uma ameaça à liberdade religiosa de muitos, sobretudo no mundo ocidental. Dizê-lo não é o mesmo que identificar todos os homossexuais como esses. Jamais eu diria tal coisa. Repito, nunca.

    Da mesma maneira, eu posso criticar os muçulmanos fundamentalistas que matam cristãos na Síria sem dizer que todos os muçulmanos o são, e posso criticar os cristãos que matam muçulmanos na República Centro-Africana sem dizer que todos os cristãos são iguais e, por fim, posso criticar os cristãos que criminalizam a homossexualidade sem que isso signifique que todos os cristãos estão no mesmo saco. Se insiste em não entender isto, é obsessão sua, lamento, não o posso ajudar.

    Por fim. Tal como o João deve ter, também eu tenho pessoas próximas e amadas que são homossexuais. Elas conhecem-me e compreendem a minha posição nesta matéria que não é nunca contra pessoas mas contra tendências e ideologias. Mas uma coisa digo sem problema. Não a homossexualidade não é uma "natureza" nem é uma "identidade". Pode ser um factor importante para a vida de alguém, mas da mesma maneira que a minha heterossexualidade não me define, a homossexualidade do meu vizinho também não é o elemento fundacional da sua existência. Somos, todos, muito, muito mais que isso.

    Já a sua preocupação com o Escrivá... oh amigo! Procure ajuda... Li quatro vezes o seu último parágrafo e desisti de compreender o seu sentido ou sequer tentar decifrar essa sua revolta toda. Fique em paz!

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