Friday, 22 February 2013

Marc Ouellet

Nascido: 8 de Junho de 1944
Ordenado padre a 25 de Maio de 1968
Ordenado bispo a 19 de Março de 2001
No meio das especulações de que o próximo Papa seja de fora da Europa há quem defenda que os cardeais não queiram logo um candidato de um país em vias de desenvolvimento e que prefiram por isso um norte-americano. Há alguns candidatos fortes dos EUA mas muitos cardeais quererão evitar nomear um Papa de uma superpotência, sobretudo uma que é vista com antagonismo em muitas partes do mundo.

Nesse sentido um candidato canadiano poderá ser visto como uma boa solução, ainda por cima um canadiano que viveu muito tempo na Colômbia e que fala muitas línguas.

Mas não é só a geografia que joga a favor do Cardeal Ouellet. O cardeal vem da América do Norte, sim, mas é francófono. Teve experiência à frente de uma grande arquidiocese, do Quebeque, e por isso conhece como ninguém o secularismo agressivo que afecta tantas zonas do mundo ocidental.

Mudou-se para Roma em 2010 quando foi nomeado prefeito da Congregação para os Bispos, que trata da selecção e propõe ao Papa a nomeação de bispos para quase todo o mundo. Conhece por isso, melhor que ninguém, o episcopado mundial, e é muito influente em Roma.

Teologicamente é tido como conservador, considerando, como Bento XVI, que o Concilio Vaticano II tem sido interpretado de forma demasiado liberal, na linha de uma “hermenêutica de ruptura” e não de continuidade, como Bento XVI referiu várias vezes.

Em Junho de 2011, quando questionado sobre as perspectivas de poder eventualmente vir a ser Papa, Ouellet disse que a ideia era “um pesadelo”. É conhecido por ser humilde e uma pessoa aberta a ouvir opiniões de outros.

Poucos dias antes do Conclave, Ouellet deu nova entrevista em que reconheceu que é um dos "papabiles" mas considerou que não só havia outros em melhor posição, como havia cardeais que desempenhariam melhor o cargo.

"Não posso não pensar nessa possibilidade. Quando entrar no Conclave tenho de dizer a mim mesmo 'E se, e se...' Faz-me reflectir, faz-me rezar, faz-me algum medo. Estou muito consciente do peso desta tarefa", afirmou, citado pela Reuters.

Por fim, para todos os que estão a olhar para a fotografia dele e a pensar "eu conheço esta cara de algum lado...", sim, é igual ao Arménio Carlos da CGTP.

[Actualizado dia 5 de Março]

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