Thursday, 26 April 2012

Publicidade


A partir de hoje, como alguns terão reparado, o blogue passou a ter publicidade.

Poderia pôr-me com rodeios, mas a verdade é que o dinheiro faz falta para o orçamento familiar e esta é mais uma forma de combater a crise. Faço isto por gosto e por interesse profissional, mas não deixa de dar trabalho, e se puder ser remunerado por isso, melhor.

Se escrevo esta justificação é mais no sentido de avisar que não sou eu quem controla os anúncios que aparecem. Espero sinceramente que nunca surjam anúncios ofensivos, nem é natural que assim seja, porque a publicidade costuma ter em conta o conteúdo do site, mas se acontecer terei de repensar o assunto.

Mas é possível que apareçam anúncios proselitistas, por exemplo. Sobre isso recordo que embora este blogue seja meu e por isso seja influenciada pela minha orientação religiosa, e não só, sobretudo nos artigos de opinião, ele é acima de tudo um instrumento que tem por objectivo tratar e analisar o fenómeno religioso de uma perspectiva jornalística e não catequética. Logo, se surgir um anúncio a convidar-vos a conhecer melhor o Islão, ou a divulgar o “Maior site de namoro evangélico”, duvido que alguém se ofenda.

Obrigado pela compreensão!

Filipe d’Avillez

3 comments:

  1. Mas, por que não pode o Autor do blog visar previamente os anúncios? Isso pode ser acordado. Ou não?
    E isso de uma coisa ser ponto de vista jornalístico e outra ser ponto de vista religioso, ou catequético, não percebo. Não há um interesse jornalístico sem mais... Conheço uma coisa chamada Emissora Católica... Pode fazer jornalismo? Cumprimentos de admiração e apreço

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  2. 1. Penso que posso colocar objecções a anúncios que aparecem no site. Tenho ainda de ver melhor isso, mas penso que é possível.
    2. Deixe-me ver se explico melhor. Eu sou católico praticante e nunca escondi isso de ninguém. As minhas convicções religiosas, e outras, norteiam a minha vida em tudo, incluindo o meu trabalho.
    Não obstante, o meu trabalho enquanto jornalista especializado em assuntos religiosos não é converter ninguém à minha religião ou à minha visão do mundo, é dar a conhecer aos interessados notícias sobre religião, incluindo as religiões que não são as minhas e as vertentes com as quais não simpatizo.
    É evidente que não sou um robô e posso fazer uma selecção, mas isso é natural.
    Depois, para além das notícias que faço e que divulgo por este meio, aproveito ainda o blogue para fazer análise e comentário a alguns eventos e esses textos são claramente opinativos, escrevo-os enquanto jornalista mas são textos de opinião, são coisas diferentes.
    A Emissora Católica é um exemplo disto em grande escala. No que diz respeito ao jornalismo trata a informação de uma forma criteriosa e de qualidade, sem no entanto perder de vista a sua identidade, que se manifesta tanto nos espaços de opinião como na selecção e filtragem dos assuntos a tratar. Não são de modo algum coisas incompatíveis.
    3. Obrigado pelo comentário!
    Filipe

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    1. A sua resposta, eu compreendo-a. E não tenho dúvida de que é ditada por um escrúpulo respeitável: de fazer jornalismo justo, isto é, que sirva a verdade, e não o seu zelo de fé. Mas o jornalismo justo não se opõe ao jornalismo católico, isto é, jornalismo de um católico, porque um católico acredita que está na verdade — sem ofensa para outros, que crêem que a verdade está noutro lugar ou em lugar nenhum. Meter na questão o proselitismo, não acho pertinente: todo o jornalismo é mais ou menos proselitista, se quer servir a verdade em que o jornal, o jornalista, acredita. O proselitismo só é condenável quando recorre a expedientes que desrespeitam ou manipulam o outro. O jornalismo católico não faz isto. Foi para travar o catolicismo que se conotou o proselitismo com sentido inadmissível. Quando, afinal, todos somos prosélitos, cada um da sua verdade, seja ela que não há verdade ou que tudo é igual verdade. Para me identificar com pseudónimo, sou, grato pelo seu blog e com muito apreço, Fernando Católico.

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