tag:blogger.com,1999:blog-9054837456514898900.post4008894866164237435..comments2024-02-14T23:51:26.505+00:00Comments on Actualidade Religiosa: Sobre a questão da conversão dos judeusUnknownnoreply@blogger.comBlogger1125tag:blogger.com,1999:blog-9054837456514898900.post-74925720783751808832016-01-23T12:48:14.594+00:002016-01-23T12:48:14.594+00:00No julgamento final (Mt 25) seremos julgados pelas... No julgamento final (Mt 25) seremos julgados pelas nossas obras, não pela nossa fé. A pergunta "Senhor, quanto Te vimos...?" é bem demonstrativa de que aqueles que estavam a ser julgados quando praticaram ou se recusaram a praticar o bem ao irmão, não o fizeram porque viram nele Jesus. Eles não reconheceram Jesus no mais pequenino, embora tivessem praticado ou recusado o bem. Se o tivessem reconhecido, não necessitavam de ser inteirados de que esse pequenino afinal era Jesus. <br /> Os que praticam as Obras de Misericórdia estão no Caminho, na Verdade e na Vida que é Jesus. Há, portanto um único Salvador, Jesus, Filho de Deus: Ele é o único Caminho, a única Verdade, a única Vida. O seguimento desse Caminho, dessa Verdade e dessa Vida é a prática das obras de misericórdia, (afinal nós somos iguais ao que fazemos, não ao que dizemos, isto é, somo pessoas em realização, no real, não na conversa, ou na proclamação de uma fé que só servirá se estiver ao serviço da nossa realização como pessoas). Se as praticarmos estamos a confessar pelas obras a fé nesse Caminho, nessa Verdade e nessa Vida que é Jesus. Logo, as palavras do Papa seguem perfeitamente a tradição católica que afirma que as obras nos levam à salvação. O Apocalipse afirma claramente: "Então, ouvi uma voz grave do céu que ordenava: “Escreve: Bem-aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem de suas lutas e trabalhos, porquanto as suas obras os acompanham!” Obviamente que estamos longe da heresia do pelagianismo de que o homem é totalmente responsável pela sua salvação e que a alcança coleccionando boas obras. Necessitamos da graça divina, da graça divina para praticarmos as boas obras, crescendo assim como pessoas, mas como afirma o Catecismo da Igreja, a graça actual é dada a todos os homens independentemente da sua religião, graça ou credo. "A graça atual é um dom sobrenatural que ilumina a nossa inteligência, move e fortalece a nossa vontade, a fim de que pratiquemos o bem e evitemos o mal". Já o catecismo de São Pio X afirmava que "Quem, encontrando-se sem culpa sua - quer dizer, em boa fé - fora da Igreja, tivesse recebido o batismo, ou tivesse desejo, ao menos implícito, de o receber e além disso procurasse sinceramente a verdade, e cumprisse a vontade de Deus o melhor que pudesse,ainda que separado do corpo da Igreja, estaria unido à alma dEla, e portanto no caminho<br />da salvação." O Concílio Vaticano II veio explicitar melhor o que se entende por baptismo de desejo: todo o homem que procura sinceramente a Verdade na sua vida tem esse baptismo de desejo implícito. Logo pelo baptismo (explícito ou implícito) recebemos a graça santificante que é um dom sobrenatural, inerente à nossa alma, que "nos faz justos, filhos adoptivos de Deus e herdeiros do Paraíso.". Então para que serve a Igreja e a pregação do Evangelho? Continua a responder o catecismo: Sendo povo de Deus, somos sacramento da nova aliança estabelecida em Jesus Cristo, pretendemos ser frentes de bem que enfrenta o mal e o destrói no caminho aberto pelo exemplo de Jesus na Cruz. Para além disso, os sacramentos conferem para além da graça santificante, a graça sacramental que "consiste no direito que se adquire, recebendo qualquer Sacramento,de ter em tempo oportuno, as graças atuais necessárias, para cumprir as obrigações que derivam do Sacramento recebido. Assim, quando fomos batizados, recebemos o direito a ter as graças necessárias para vivermos cristãmente." Não nos salvamos pela fé, não nos salvamos pelos sacramentos, salvamo-nos pela adesão ao Bem, à Verdade, à Vida, e essa adesão é concretizada na prática das boas obras. O "Auto da Alma" de Gil Vicente é um tratado em forma de drama que explica bem esta teologia. A Igreja é a grande tenda de campanha como lhe chama o Papa ou nas palavras de Gil Vicente o hospital da alma.<br /> Rui Miguel Teresonoreply@blogger.com